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Fios do Firmamento
Céu do dia 17 de julho: A Lua inicia sua fase minguante
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Céu do dia 17 de julho: A Lua inicia sua fase minguante

Entre Vênus e Mercúrio, a Lua escuta mais do que responde, quando a fase minguante começa com palavras que não voltam atrás.

Dizem que nas margens de uma terra ressecada pelo tempo,
vivia um viajante que nunca partia.
Chamava-se Agora.

Todos os dias, Agora se preparava para ir.
Calçava as botas, enchia o cantil, abria o mapa.
Um gesto após o outro, como se o momento seguinte já estivesse prometido.

Mas, ao alcançar a soleira, detinha-se.
Não por medo.
Nem por dúvida.
Mas por algo mais silencioso, que sussurrava pelas pedras:
“Ainda não.”

Então, sentava-se à sombra da oliveira antiga
e escrevia no ar
os caminhos que não tomou,
as palavras que não disse,
os encontros que nunca chegaram.

Era um cronista do quase.

Certa tarde, uma criança lhe perguntou:
— Por que você não vai, se está sempre pronto?

E Agora respondeu:
— Porque há estradas que não se abrem com os pés… mas com o ouvido.

Naquela noite, um vento quente desceu do norte.
E pela primeira vez, Agora saiu sem nada.
Nem mapa. Nem botas. Nem pressa.

Subiu a colina onde o céu se despede do dia.
E ali, no exato ponto em que o passo vira pausa,
Agora escutou o que sempre esteve por dizer:

Nem toda urgência é partida.
Nem todo silêncio é espera.

Desde então, contam que Agora ainda caminha.
Mas não busca mais o destino —
ele caminha para estar.

Olá, meu nome é Patrick Mesquita, astrólogo tradicional com mais de uma década de pesquisa e escuta sensível. No podcast Fios do Firmamento, este nosso refúgio sonoro, costumo tecer reflexões que unem a poesia do movimento lunar com pensamentos filosoficamente provocantes, para que você caminhe com mais precisão e menos ruído, o tempo que vem se anunciando.

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Então vamos lá ao nosso céu do dia:

Hoje é quinta, 17 de julho, dia de Júpiter

A Lua caminha pelos últimos graus de Áries,
como quem ainda carrega no corpo o sabor da madrugada.
Durante a noite, ela trocou olhares com Vênus —
um sextil que sussurra mais do que afirma.
Logo depois, foi Mercúrio quem falou,
mas a voz já vinha trêmula,
porque Mercúrio desacelera…
quase parando, quase retrocedendo.

E o céu, hoje, parece um papel amassado
cheio de frases que não terminaram.
Pensamentos que voltam.
Palavras que ficaram presas na garganta do tempo.

Tudo ressoa.
Como se as conversas não tivessem fim —
só pausa.

(continua…)


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Até a próxima!

Patrick Mesquita

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