🎙️ Olá, este é o podcast Fios do Firmamento, o nosso cantinho de reflexões semanais costurado pela finíssima teia poética e filosófica que nos une a cada dia...
No episódio de hoje, trago a semana do dia 30 de junho a 6 de julho, de segunda a domingo... Estamos fechando o mês das fogueiras, das promessas sussurradas entre goles de quentão, e olhos que brilham ao redor do milho cozido, do vatapá e da canjica...
E adentramos julho: mês da algazarra infantil e das malas de férias (pra quem tem direito). E junto com ele, vem aquela pergunta que se arrasta pelos cantos da alma:
“Já se foi metade do ano... e agora?”
O tempo, esse viajante sem rosto, não tem trança para que a gente segure. Mas talvez por isso mesmo, cada semana seja um convite para afiar o verbo, reorientar o leme, e deixar o vento nos ensinar a navegar com calma, e tranquilidade.
Vamos lá iniciar o panorama dessa semana que está se chegando!
Segunda-feira, 30 de junho
Iniciamos o derradeiro dia de junho com a Lua em Virgem, desfazendo-se lentamente do encontro com Marte na noite anterior. Uma conjunção que pode ter deixado corpos em vigília e mentes em rotação. Agora, ela segue, como quem cresce em silêncio, entre tarefas, listas e detalhes que precisam ser cuidados. A rainha da noite reorganiza o balcão interior, onde deixamos as coisas fora do lugar, e nos convida a uma certa assepsia emocional.
Terça-feira, 1º de julho
O novo mês se inaugura com a Lua ainda em Virgem, tecendo um trígono com Vênus em Touro pouco antes do meio-dia, uma tarde propícia às sutilezas: como o toque certo, a palavra exata, o gesto mínimo que amacia a realidade. Às 18h16, a Lua ingressa em Libra e se opõe a Saturno em Áries. É o encontro entre o desejo de harmonia e o peso do tempo. Relações, neste dia, pedem negociação firme sem perder o bom gosto, como quem sabe dançar entre espelhos sem se cortar.
Quarta-feira, 2 de julho
A Lua em Libra quadra Júpiter em Câncer logo cedo, e quase no mesmo fôlego, se harmoniza com Mercúrio em Leão. E sendo quarta-feira, dia do deus da palavra, nada mais justo que lembrar: o mundo se transforma por aquilo que é dito. À tarde, a Lua entra na fase crescente, quadrando o Sol em Câncer, um sinal de que é chegada a hora de testar o solo onde se plantou. A hesitação perde força. O momento exige coragem. O que precisa ser decidido, que seja hoje. Porque o céu só espera de nós aquilo que já carregamos.
Quinta-feira, 3 de julho
A Lua, agora em fase crescente, atravessa a via combusta, aquele antigo e temido trecho entre os graus 15° de Libra e 15° de Escorpião. Nesse corredor, o Sol está em queda e a Lua também. Um território árido, onde os luminares perdem força, e talvez seja por isso que tantos sentimentos inflamem sem aviso. Quem tem a Lua natal nesse trecho carrega uma bússola emocional mais sensível aos incêndios do mundo.
Sexta-feira, 4 de julho
A Lua mergulha na água fixa de Escorpião, onde se encontra em sua queda. Mas logo forma um trígono com Júpiter em Câncer, sinal de que nem todo abismo é desamparo, alguns contêm nascentes. Emoções à flor da pele? Sim. Mas com uma rara lucidez sobre suas raízes. Neste mesmo dia, Vênus entra em Gêmeos, e o amor muda de roupa: vira pergunta, ganha pernas, desliza pelas superfícies. Até o dia 31, Vênus flertará com as possibilidades. Curiosidade é bem-vinda, desde que não se perca em dispersão.
Sábado, 5 de julho
A Lua crescente, ainda em Escorpião, desfaz os últimos ecos da quadratura com Mercúrio e do sextil a Marte. Antes do pino do meio-dia, a prateada se inclina ao trígono com o Sol em Câncer. Um pensamento entre a memória e o sentimento, onde se escutam as marés do íntimo em efervescência. No fim da manhã, Vênus em Gêmeos lança um olhar atento a Saturno em Áries. Afeição que se dispersa sem estrutura é como chama ao vento. Amar é também sinônimo de sustentação.
Domingo, 6 de julho
A Lua segue fora de curso boa parte do dia. Decisões importantes neste momento podem parecer solúveis, mas são voláteis como o orvalho ao sol. Às 19h06, ela entra em Sagitário, e o céu, enfim, respira outro ar. Um domingo que começa morno e termina com o frescor de um recomeço: como se abríssemos as janelas da alma depois de dias trancados no porão. Uma noite para expandir o peito, olhar longe, e agradecer.
🌌 E então é isso...
Chegamos ao fim de mais um fio costurado com esmero pelas mãos do tempo. Se esse conteúdo te tocou e você já acompanha nossas outras plataformas, considere assinar a newsletter gratuita em dharmastrologia.substack.com.
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Beijos, abraços e... até o próximo fio!
Patrick Mesquita
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