Há milhares de anos atrás, havia um rei que sonhava em subir até o topo da montanha mais alta de seu reino. Diziam que, de lá, se via tudo com clareza — o tempo, os caminhos, até o coração dos homens.
Ele tentou muitas vezes. Mas sempre que começava a subir, a terra cedia, as pedras escorregavam, e ele era forçado a voltar.
Cansado, procurou um velho jardineiro que vivia nos arredores do palácio.
— O que me falta para alcançar o topo? — perguntou o rei.
O velho sorriu e respondeu:
— Antes de subir, cave.
O rei achou estranha a resposta, mas decidiu seguir o conselho. Cavou no jardim do palácio, todos os dias, por muito tempo.
No início, só encontrava terra seca. Depois, pedras. Depois, umidade.
Até que um dia, a água brotou.
Naquela mesma noite, o rei tentou novamente subir a montanha.
Dessa vez, os passos eram firmes.
As pedras não cederam. O caminho, embora difícil, se revelou.
Ao chegar no topo, não havia ouro, nem coroas, nem conquistas.
Havia um espelho d’água, limpo, silencioso.
E ali, o rei viu seu próprio rosto — como se fosse a primeira vez.
Este é um plenilúnio que exige maturidade. Mas uma maturidade que não seca as emoções, apenas sabe dar-lhes forma. O rigor de Capricórnio não cancela a ternura de Câncer; ele apenas lhe oferece contorno, duração e responsabilidade.
Nesta quinta, antes da oposição exata com o Sol, a Lua forma um trígono com Marte em Virgem. Como se fosse um gesto que recompensa o esforço meticuloso, o cuidado silencioso, aquele nosso trabalho bem executado. A ação que vem da consciência e não da pressa.
Olha… se tem algo que posso dizer é que essa Lua cheia de hoje não vem com firula, não. Ela escancara. Mostra o que de fato cresceu, e o que era só ideia solta, vontade que a gente não bancou!
Ouça por completo o podcast Fios do Firmamento e assine nossa |dharma newsletter|
Share this post