Numa vila escondida entre colinas e neblinas, vivia um homem que colecionava sonhos em pequenos copos de vidro. Cada sonho era soprado ao nascer do dia, enquanto ele ainda carregava o silêncio da noite nos ombros.
Um dia, apareceu uma andarilha. Trazia nos olhos a fome de algo que não sabia nomear. Viu os copos, e riu.
— Sonhos guardados? Eles evaporam, homem. Disse a andarilha.
— Só se forem esquecidos. Respondeu.
Naquela manhã, o homem encheu mais um copo com um sonho de ternura:
uma casa com varanda, o cheiro de pão no ar, um riso que não se apressa.
E quando o copo já parecia cheio, ele soprou mais um fiapo de desejo.
Mas, em vez de rachar, o vidro dançou uma cintilação.
— Como pode caber mais?.
Perguntou a andarilha.
Ele respondeu:
— Porque não é o vidro que sustenta o sonho.
É o sonho que sustenta o vidro.
No fim da tarde, ela quis experimentar.
Soprou um desejo em voz alta, mas suas palavras tropeçaram.
Não saíam belas. Nem certas. Nem doces.
O copo dela tremeu.
Mas o homem, sorrindo, apenas disse:
— Também é sonho quando não se sabe dizer.
E mesmo o atrito pode ser música...
se você escutar com o corpo.
Dizem que, naquela noite, o vento trouxe cheiro de pão.
E dois copos brilharam juntos, sem medo de transbordar.
Olá, meu nome é Patrick Mesquita, astrólogo tradicional com mais de uma década de pesquisa e escuta sensível. No podcast Fios do Firmamento, este nosso refúgio sonoro, costumo tecer reflexões que unem a poesia do movimento lunar com pensamentos filosoficamente provocantes, para que você caminhe com mais precisão e menos ruído, o tempo que vem se anunciando.
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✨ Então vamos lá ao nosso céu do dia:
Hoje é segunda, dia da Lua, 14 de julho.
Estamos vindo de uma semana bem movimentada... na força da Lua cheia de Capricórnio, e de um Saturno que recém iniciou seu movimento de retrogradação.
A Lua, senhora dos humores, nada hoje pelas águas insondáveis do signo de Peixes. E nesse mar sem margens claras, ela vai dissolvendo aquele rigor herdado da lunação da cabra. Capricórnio, a nos ensinar que toda subida começa num grande mergulho.
(continua…)
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Até a próxima!
Patrick Mesquita
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