Certa manhã, Nasrudin chegou correndo à casa de um sábio mestre e começou a bater desesperadamente na porta.
— Abra, abra, por favor! É urgente! Preciso entender o que está acontecendo comigo!
O mestre, lá de dentro, respondeu com calma:
— Volte amanhã.
— Mas é hoje que está doendo! Gritou Nasrudin. — É agora que não sei o que fazer, me ajude por favor!
Nenhum trinco se moveu. Só se ouvia o silêncio.
No dia seguinte, Nasrudin voltou. E a porta já estava aberta. Entrou, ofegante, pronto para despejar perguntas.
Mas o mestre apenas disse:
— Quando você bateu ontem, a casa ouviu.
Hoje… foi você quem se abriu.
Pois não é a resposta que chega depois da urgência. É você que só escuta quando para de gritar. Há dias em que o mundo fala demais... e a verdadeira sabedoria é saber o momento certo de calar.
Olá, meu nome é Patrick Mesquita, astrólogo tradicional, dedicado há mais de uma década à escuta sensível dos céus e das histórias que neles se entrelaçam. No podcast Fios do Firmamento, este nosso refúgio sonoro, costumo costurar reflexões que unem a poesia dos astros com pensamentos provocadores, para que você possa atravessar o tempo com orientação e calmaria.
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Agora sim, vamos ao céu do dia...
Hoje é 21 de julho, segunda, dia da Lua.
Iniciamos a semana como quem ouve um zumbido antigo no ar, uma conversa de pássaros, vozes cruzadas, fragmentos de lembranças e perguntas ainda sem resposta. O céu sopra palavras soltas, como se o vento tivesse se tornado verbo. A Lua, minguante e ligeira, abre o dia em Gêmeos, aquele signo que carrega em cada passo a inquietude de quem precisa entender, e nunca se contenta com a primeira explicação.
É uma Lua de qualidade fria e úmida, fleumática, que se dispersa como a fumaça de um pensamento interrompido. Minguando, ela já não carrega a urgência do crescimento, nem o brilho da exibição. Quer apenas dissolver. Ou, talvez, reorganizar em silêncio o que foi vivido demais. Em Gêmeos, esse gesto ganha ares de investigação. O cansaço se disfarça de conversa, e o excesso de estímulo se camufla de curiosidade.
Logo cedo, a Lua toca Mercúrio em sextil, o dispositor da Lua, que segue retrógrado no signo do domicílio do Sol. A inteligência volta-se para dentro, e a Lua parece pressentir isso. As palavras ditas de manhã podem carregar vestígios do que foi mal compreendido lá atrás. O dia abre com uma chance de refazer mentalmente a tessitura dos encontros, como quem reescreve cartas antigas à luz de um novo entendimento.
Mais tarde, no meio da tarde, a Lua se encontra com Vênus. E essa conjunção nos ensina que nem só de sentimentos vive o amor. Há afetos que se insinuam em formas de cuidado pequeno: a escuta atenta, o gesto leve, a pausa no meio do caos. Vênus em Gêmeos é afeita às pontes. Não pede promessas eternas, basta que a troca seja viva, que as palavras sejam verdadeiras enquanto durarem. A Lua leva esse recado para o coração.
(continua…)
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Até a próxima!
Patrick Mesquita
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